Os acontecimentos de ontem na UFMG com condução coercitiva de reitores e ex-reitores, entre outros, geraram a manifestação do FOPROF – Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-graduação – reproduzida abaixo. Veja também breve histórico em “A ditadura ataca agora a UFMG”, por Luis Nassif e a manifestação do Reitor da UFPR.
Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação – FOPROP
NOTA PÚBLICA 05/FOPROP/2017
EM APOIO E SOLIDARIEDADE À UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
O Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (FOPROP) vem a público manifestar preocupação e expressar repúdio à forma como a Polícia Federal atuou na operação “Esperança Equilibrista”, levando a depor, de forma coercitiva, o Reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (Jaime Ramirez), a Vice-Reitora (Sandra Goulart), o ex-reitor Clélio Campolina, a ex-vice-reitora Heloísa Starling e outros docentes.
As denúncias de ilícitos e irregularidades precisam ser investigadas de acordo com os princípios constitucionais do estado de direito, sem condenação prévia e execração pública dos investigados e de suas instituições. A condução coercitiva é uma medida extremada e excepcional, devendo ser utilizada nos casos de resistência e obstrução das investigações. A midiatização das operações produz danos irreparáveis na reputação dos indivíduos e das instituições. As universidades públicas têm sido duramente castigadas pelas campanhas difamatórias. A desastrosa operação “Ouvidos Moucos” na Universidade Federal de Santa Catarina resultou na trágica morte do Reitor Luiz Carlos Cancellier Olivo.
O FOPROP repudia as ações abusivas da Polícia Federal contra as universidades públicas e seus dirigentes e manifesta apoio, respeito e solidariedade à toda a comunidade acadêmica da UFMG, em particular a seus dirigentes e ex-dirigentes.
Brasília, 06 de dezembro de 2017.
Diretório Nacional do FOPROP
Pingback: UFMG, resistência coletiva! – Jornal Pensar a Educação em Pauta