Z. Bauman esteve ontem no Educação 360 promovido pelo Globo. Segundo ele a internet tirou a paciência e erodiu a persistência dos jovens. Não conseguem ler mais textos longos. Além disso, sobre a Inglaterra, país em que está radicado diz:
“Uma das tarefas da educação é conferir a todas as pessoas que tenham talento a possibilidade de adquirir conhecimento para que isso acabe tendo um uso criativo para a sociedade. Mas esse objetivo não está sendo perseguido em muitos lugares. Na Grã-Bretanha, os preços, em vez de diminuírem para as pessoas com menos dinheiro, vão subindo. E cada vez menos pais têm a possibilidade de economizar a quantia necessária para seus filhos cursarem a universidade.
O problema, segundo Bauman, é que a educação está pressionada pela política e pelos interesses corporativos. E isso, explica ele, se reflete na mente do estudante. O polonês critica o fato de os alunos escolherem a área de estudos baseados “no fato de se vão conseguir emprego ou não”. “
Leia mais aqui.
Bauman é um autor que consegue fazer análises sociológicas sobre fatos contemporâneos em uma linguagem ao mesmo tempo densa e acessível. Tem vários de seus livros traduzidos no Brasil. O mais conhecido é Modernidade Líquida. Mas tem também Amor Líquido, Vida a Crédito e Vida para Consumo. Todos da Ed. Zahar.
Bauman considera que “não há como voltar à situação em que o professor é o único conhecedor, a única fonte, o único guia”.”