A entrega do INEP a Manuel Palácios, que iniciou o desenvolvimento de uma base nacional comum curricular ainda no governo Dilma, a qual daria origem à BNCC da era Temer, é emblemática. Ela é a cena final que encerra as possibilidades de pensarmos em uma atuação renovada, fora dos cânones da reforma empresarial da educação. Manuel Palácios é também o criador do CAED na Universidade de Juiz de Fora, órgão com contratos de assessoria em avaliação em escala nacional nos Estados e Municípios.
A indicação de Katia Schweickardt para a Secretaria de Educação Básica do MEC que foi Secretária Municipal de Educação em Manaus na gestão de Arthur Virgílio Neto, do PSDB, e desenvolveu uma gestão com programas em interface com a iniciativa privada complementa este cenário.
O desenho final é uma trajetória de entrega e um tapa na cara daqueles que pensaram que um governo progressista poderia representar uma revisão do rumo das políticas educacionais e de avaliação na esfera federal, aceleradas por Temer. É também um indicador da lógica meritocrática que toma o MEC, à qual o Ministro já se referiu em sua posse e em entrevistas.
O que começou mal na transição se converte em algo cada vez pior que revela uma proximidade muito grande com as políticas de aparelhos ideológicos de empresários que se organizam em entidades como o Todos pela Educação e similares.
Olá professor, acredito que independente do cenário no país o empresariamento na Educação Básica, mais necessariamente nesta segunda década do século XXI em diante é [e tem sido] uma tendência que ficou muito evidente a partir do Movimento pela Base Nacional Comum (2013). E, neste caso, tomou um vulto muito expansivo, isto é, da participação de diferentes grupos nacionais/internacionais que alavancaram/impulsionaram a orientar as reformas curriculares com muito força e legitimidade que tem por serem sujeitos do poder. A insituitções públicas como o CNE, o MEC, entre outras, básicamente ficaram (e ficam) reféns das ações do empresariamento sendo captados as orientações de grupos de poder como a Fundação Lemann do Jorge Lemann principalmente (além de outras internacional Banco Mundial, BID, etc e de uma enfinindade de grupos nacionais I.A.Senna, I.Unibanco) como tenho estudado em seus relatório que basícamente são eles que ditaram a reforma do novo Ensino Médio junto da BNCC (2018), entre outras políticas. Enfim, a discussão é muito longa, mas basicamente em minha pesquisa de doc tenho tentando mostrar esse movimento em rede do empresariamento educacional que é bem complexo e, que acho que independendo do viés político – ideológico dos diferentes governos vieram para ficar já, há muito tempo.
Isso é verdade. Mas se entregamos a educação para agentes ideológicos do capital formar a juventude, como contar com ela para contê-lo quando ele se une com a extrema direita? Esses agentes só não estavam no governo bolsonaro porque ele recusou. Lembre-se que eles tentaram emplacar Mozart no MEC, do instituto Airton Senna, no começo de seu governo. Se tivesse sido aceito estariam lá. Abraço. Luiz
Sim. Sigo te acompanhando professor. Obrigado pelos esclarecimento. Abs
Sim. Obrigado professor! Sigo acompanhando!!
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Prof. , infelizmente o rebaixamento das politicas educacionais no último quinquênio nos colocou em posição ainda mais minoritária face as reivindicações historicas de transformação estrutural e paradigmáticas no cenario nacional diante de um governo progressista. Assim lhe pergunto se o engajamento nos processos que se seguirão sobre o novo PNE 2024_2025, é uma oportunidade importante para debatermos e inserirmos uma linha contra hegemônica na educação na conjuntura política atual?
Tem que ser. Não se pode ficar de fora, principalmente as entidades associativas da educação.
Cumprimentos aos comentários de educadores e educadoras em levantar os prejuízos com o norte empresariale influências nas futuras decisões educacionais da Educação Pública brasileira.Sinto a necessidade de tornar público e divulgar de forma popular nosso instrumento e mecanismo de participação como é o Plano Nacional de Educação.É urgente colocar no centro das discussões e encaminhamentos aquilo que necessita garantir e novos direitos a lutar pela Educação Pública de qualidade referenciada socialmente.
Lamento os rumos que vem sendo tomado pelo atual governo. O Mec o Mec o Mec? Camilo, Katia, Cela…e a continuidade do desastre na edycação pública
O Prato no cardápio para 2023 “ Lula com xuxu” que parecia apenas sem gracinha mas com predominância dos aromas e paladares dos mares revela-se a cada nova indicação que de Lula não se tem mais sabores e como xuxu é insípido só nos resta a poluição dos mares . Obrigada Luiz Carlos pelo teu blog “ da hora” como diz a moçada . Saudades
Lamentável a posição do MEC em convidar os reformadores da Educação alinhados ao desmonte da educação pública.