Medicalizando a miséria

Publicado originalmente na UOL em 14/10/2012

A pressão para se sair bem nos exames está levando à medicalização das crianças com dificuldades de aprendizagem. Não é um fenômeno recente, mas agrava-se com as políticas de responsabilização.

É o que mostra a reportagem abaixo.

Remédios são usados para melhorar rendimento de alunos pobres nos EUA

Na falta de recursos para outros tratamentos, crianças com déficit de atenção e dificuldades de aprendizagem são medicadas

THE NEW YORK TIMES – 12/10/2012 05:00:27

Quando o médico Michael Anderson fica sabendo que seus pacientes de baixa renda estão tendo dificuldades na escola, geralmente lhes prescreve um poderoso remédio. São pílulas que aumentam o foco e impulsionam o controle em crianças com déficit de atenção e hiperatividade. Embora o déficit de atenção seja o diagnóstico que Anderson faz, ele chama a desordem de “uma desculpa” para prescrever os remédios para tratar o que considera o verdadeiro problema destas crianças – o mau desempenho acadêmico nas escolas.

“Eu não tenho muita opção”, disse Anderson, um pediatra de muitas famílias pobres no condado de Cherokee, ao norte de Atlanta, nos Estados Unidos. “Nós como uma sociedade decidimos que é muito caro modificar o ambiente no qual a criança se encontra. Então, temos que modificar a criança”.

Continue lendo esta reportagem em:

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-10-12/remedios-sao-usados-para-melhorar-rendimento-de-alunos-pobres-nos-eua.html

Sobre Luiz Carlos de Freitas

Professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - (SP) Brasil.
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