A prevalecer o Parecer do Deputado Atila Lira, a Base Nacional Curricular Comum deverá ser votada no Congresso Nacional e não elaborada apenas no Conselho Nacional de Educação como pede o PNE. O projeto altera o PNE e leva a base para o Congresso. Na visão do Deputado:
Após todas as considerações e análises que apresentamos, é possível concluir que o processo adotado até o momento para a construção da BNCC não é adequado e está muito distante das melhores práticas científicas e pedagógicas, além de possuir indícios de ilegalidade. Os documentos apresentados invadem, em muitos momentos, a esfera de competência do Poder Legislativo ao determinar direitos. O documento possui um claro viés doutrinário, falhando em ofertar a pluralidade do pensamento e das teses científicas. Isso se explica pela ausência de pluralidade entre aqueles que escreveram o documento. A pluralidade necessária não se encontra no grande número de pessoas que trabalharam direta ou indiretamente na elaboração do resultado final, mas na participação de diferentes correntes do pensamento científico. O currículo comum que se almeja implementar no Brasil deve ser construído em conjunto com Estados, Municípios e o Distrito Federal, sob a pena de se desrespeitar a autonomia dos entes federados. Portanto, imprescindível que os representantes desses entes participem ativamente dessa construção. É necessário levar esses debates ao espaço democrático apropriado para a sua discussão: o Congresso Nacional. Se o MEC pretende criar direitos com a BNCC, mais um argumento favorável para que o documento seja apreciado e chancelado pelo Congresso Nacional. Dessa maneira, e diante de todo o exposto, voto pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 4.486, de 2016.
O Parecer agora será votado pela Comissão de Educação.
Baixe a íntegra do Parecer aqui.
Ficamos todos estarrecidos com o golpe. Este governo de direita, acaba com tudo: deserda-nos de todos os atos e processos que nos deram esperanças de dias melhores. a educação, do ponto de vista desses lobos e lobistas, é assumida como prática social em prol do capital. Mas, embora tristes, embora derrotados em parte, e somente em parte, contemos com o espaço das contradições e a luta histórica pelos direitos, do qual tantos de nós fazemos parte organicamente. Façamos história, outra/nova história. Acordamos em 2016 e dormimos em 1964. Mas esse dia provoca-nos a reconstituir nossos passos e aproveitar daquilo que aprendemos: tenhamos desconfiança da direita. Seja o chefe, seja seu vice. Coalizão de partidos antagônicos não serve à classe trabalhadora, FORA TEMER.