O maior experimento neoliberal na América Latina sofre um duro golpe, sendo forçado a retomar as teses do estado de bem-estar social. Boric vence a aliança neoliberal/conservadora com 56% dos votos. E um país no qual saúde, educação e previdência viraram um grande negócio, o caminho será longo.
Com vários países da América Latina retomando as teses da esquerda, a disputa do próximo ano no Brasil ganha ainda mais significação. A coalisão neoliberal/conservadora – que por aqui nem pudor tem mais – vai jogar pesado para manter o Brasil em seu portfólio.
Para se ter uma ideia do programa que orientará Boric no Chile, pode-se acessar aqui o seu discurso proferido ontem em Santiago. Para uma avaliação mais geral da economia chilena veja análise aqui de Michael Roberts.
Para Fernando Garcia, analista chileno, com um Congresso dividido, Boric deverá enfrentar “os dispositivos de poder que não integram a institucionalidade republicana”, ou seja, “as forças armadas, o empresariado e a imprensa”. Alguma dúvida?