Postado originalmente na Uol em 23/12/2011
Controle gera contra-controle, dizia o behaviorista B. F. Skinner nos idos dos anos 70. Também D. Campbell alertava em 1976 para as fraudes que os processos de associação de indicadores a sistemas de pressão, poderiam gerar.
Mas os reformadores empresariais acham que sabem como evitar a fraude nestes processos e “consertar” a educação. Pensam que com alguma “engenharia” e “estatística” controlam estes fatores. Via de regra, como se verá abaixo, adicionam mais pressão e realimentam o ciclo de problemas.
Mas a prática, a realidade, no entanto, insiste em mostrar o contrário e a “sabedoria” dos reformadores não tem conduzido ao sucesso proclamado.
Nós, educadores profissionais, sempre soubemos que a pressão do professor sobre o aluno, pode gerar fraude nas provas. Igualmente, a experiência americana tem mostrado que a pressão dos sistemas centrais sobre o professor gera fraude – o mesmo ocorre se a pressão é sobre o diretor.
Pressão, não é uma boa companheira das reformas educacionais – infelizmente, isso só será reconhecido pela prática – com o necessário custo que isto implica.
Trapaça em testes padronizados e baratas
Por Valerie Strauss
Publicado às 06:00 ET, 2011/06/29
Cidade após cidade, temos ouvido recentemente sobre um cenário de novas fraudes ou revelações de suspeita de trapaça que, aparentemente, levou o Secretário de Educação Arne Duncan a enviar uma carta na semana passada aos Secretários de Educação do país sobre a importância de salvaguardar o processo de testagem, de acordo com uma cópia publicada pelo Baltimore Sun.
Quando os funcionários de escolas de Washington, DC, por exemplo, jogaram fora a pontuação no mês passado dos testes padronizados de 2010 de três salas de aula, quem realmente pensou que o problema estivesse limitado a estas três?
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