Iniciado na UFRJ, carta aberta pede a exoneração do Secretário de Educação do Rio de Janeiro pela política empresarial que implanta no Estado.
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Carta aberta de professores e professoras da Faculdade de Educação da UFRJ ao Secretário de Educação do Governo do Rio de Janeiro, Sr. Wilson Risolia. Pedido de exoneração.
Ilmo. Secretário,
Na qualidade de professores e professoras, formadores dos futuros docentes da Educação Básica, vimos por meio desta manifestar nosso profundo descontentamento com a política educacional de nosso Estado. Trata-se de uma política que reputamos leviana e autoritária. Uma educação pública de qualidade não se constrói com bonificações, privatizações, perseguição e humilhação de professores, fechamento de unidades escolares, policiamento armado nas escolas, currículo e avaliação impostos de cima para baixo e péssimas condições de trabalho. Esta política irresponsável tem alcançado avanços medíocres em todos os índices educacionais. O Ensino Médio do Rio de Janeiro permanece abaixo da média nacional em todos os índices relevantes: matrícula, evasão e repetência. Em sua última ação arbitrária, o Sr. impõe um processo de certificação dos professores evidentemente inconstitucional, pois nenhum teste de proficiência pode servir como mecanismo de diferenciação salarial. Trata-se de mais um episódio absurdo dessa política que se ufana de tratar a escola pública como uma empresa, o que é contrário aos princípios pedagógicos mais óbvios, quando se trata de educação pública, de investimentos no cidadão e na cidadania, o que denuncia por si só seu caráter antirrepublicano e antidemocrático. Por tudo isto, nós, professores e professoras da Faculdade de Educação da UFRJ, lançamos esse abaixo-assinado pedindo a sua exoneração do cargo de Secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro, considerando que sua permanência compromete a plena escolarização de crianças, jovens e adultos de nosso Estado. O Sr. demonstrou, por diversas vezes, não estar preparado para esta função e sua continuidade à frente da Secretaria da Educação irá apenas perpetuar o descalabro em que se encontra a educação pública em nosso Estado.
Este abaixo assinado é uma iniciativa de professores da Faculdade de Educação da UFRJ:
Alessandra Nicodemos
Amilcar Pereira
Andrea Penteado
Anita Handfas
Cláudia Piccinini
Enio Serra
Filipe Ceppas
Julia Polessa
Roberto Marques
Rodrigo Batalha
Warley da Costa
Uma iniciativa extremamente justa . Fico na expectativa de que logo, se alcançara a exoneraçao desse q deveria ser o defensor da qualidade da educaçao basica. Ao inves de contribuir p a isso , contribui p o fracasso a q esta condenada . Estamos cansados do descaso q ha decadas vem se arrastando nesse processo cruel de manter longe da qualidade de uma EDUCAÇAO digna , aqueles q investem todo o seu potencial ( nos educadores), em defesa dos q em nos, depositam toda a sua esperança no futuro (o aluno) .
Estou de pleno acordo e ponho-me a disposição dos colegas para qualquer ação necessária ao propósito proposto.
Sou professora da rede pública e a política educacional de Risolia e Cabral é de destruição da rede estadual preparando terreno para a privatização.Eles querem que tenha só ensino pago.Temos que lutar e resistir.
Cabral e Risolia estão destruindo com a educação pública do Estado do Rio de Janeiro. País desenvolvido educação básica é prioridade. No Brasil, estádios e viadutos são prioridades dos governos municipais e estaduais.
Chama-se “dividir para governar”. O governo é contra a estabilidade do servidor público da educação e isto é dito claramente em seus “cursos de formação de gestores”, impõe currículos mínimos absurdos, coloca alunos contra alunos (elegendo “representantes de turmas” que são monitores escolares disfarçados, orientados a “entregar” seus colegas, professores, direção, o que for); coloca os professores contra a direção e esta contra os professores, pela falta de consciência do que é verdadeiramente educação, pela promessa de gratificações absurdas, distribuídas a quem executa melhor as metas destes sistema, “otimiza turmas” em detrimento do mínimo de condições de se exercer o trabalho pedagógico e exige que se maquie os resultados, com recuperações infinitas… Enfim, uma lástima, para a educação este governo!
Agradecemos a postagem e os apoios.
Ajudem a alcançarmos 10 mil assinaturas.
Cláudia Piccinini
FE/UFRJ
As escolas estão caindo, e esse governo que fazer exigências. Para cobrar qualquer coisa, seria necessário dotar as escolas e os profissionais da educação, das condições adequadas para a realização de um trabalho de qualidade. Ocorre que isso seria dotar os filhos da população mais pobre, de uma captura maior do conhecimento. Consequentemente, estes iriam exigir ainda mais dos Governos. Ou seja, um verdadeiro perigo a ameaçar a estrutura de poder, existente a séculos nesse país. Estrutura essa que sempre excluiu as massas das benesses produzidas pela Nação.
Bela e responsável iniciativa. Orgulho-me dela ter partido de nossos professores pelos quais tenho grande admiração, agora ela aumentou. Fátima
Esse desgoverno tem, nesse secretário, seu mais alto representante do que pensa o pior estrato político a respeito de educação pública. Esse secretário, economista, funcionário de carreira no Estado em setor completamente diverso do de educação, é o que de pior poderíamos ter, nessa secretaria, posto ser alguém sem a menor vivência dos processos de educação pública, gratuita, democrática e laica. É ditador, não reconhece as lutas históricas da categoria e pedagogicamente é devastador, procurando parâmetros fora do Estado, na UFJF, em Minas – quando temos a UFRJ, a UFF e a UERJ – universidades de nosso estado que poderiam ajudar na formulação de políticas públicas verdadeiramente sérias para o ensino fundamental e médio. Construiu a cultura do “o professor é o responsável” sempre pela precariedade da educação, instituindo absurdos como o currículo mínimo absurdo, abonos discriminatórios, perda de autonomia nas avaliações – que vêm da secretaria, fiscalizações truculentas dentro das unidades, “otimização” de turmas, eufemismo para fechamento de turmas em pleno ano letivo, de escolas e de segmentos de ensino, como o fundamental retirado de algumas escolas, além da perseguição ao funcionário de apoio concursado em prol de uma terceirização absurda, mas interessante para o desmonte da escola pública. É preciso gritar “FORA RISOLIA” com toda, toda a força.
Nunca vi algo assim em minha vida. Tudo está sendo desconsiderado: acertos, currículo, metodologia, lucidez, respeito, profissionalismo, lotação, democracia, autonomia, estabilidade e grandeza. Sou educador. A minha atividade me honra. O que me avilta são as imposições desse governo sem moral e a aceitação plácida dos que acham que bonificação pode comprar a sua alma. Abaixo a ditadura! Não se faz o que estão fazendo com pessoas, não. Alunos estão sendo mal preparados para o mercado de trabalho em razão da meritocracia e da preocupação-mor com Saerj e Saerjinhos. E professores perdendo turmas e lotação por “otimização=fechamento” de turmas. Isso precisa mudar!