Secretaria de Educação de Mato Grosso contrata curso que será dado pelo CAED – UFJF e pela Falconi. O CAED é um grupo fundado por Manuel Palácios que vende consultoria em avaliação para 19 Estados brasileiros. Palacios está hoje na Secretaria de Educação Básica do MEC e conduz a elaboração da base nacional comum. (Neste vídeo Palácios conversa com W. Risolia quando o último ainda era Secretário de Educação do Rio de Janeiro, hoje Risolia é presidente da nova unidade da Consultoria Falconi para a área educacional). O CAED também acaba de fechar um contrato para avaliar a educação no estado de Alagoas.
Realizar cursos nos estados é uma estratégia de vendas. Através deles vão sendo difundidas as ideias, ofertados serviços que depois viram contratos. Só a avaliação em Florianópolis custará cinco milhões de reais aos cofres públicos.
Os reformadores, quando estão fora do governo, estão ligados às indústrias educacionais; quando estão no governo, deixam temporariamente a empresa e levam suas teses para lá e fazem a política que apoia a indústria educacional. Há mais gente no MEC ligado à indústria educacional, mas isso só ficará claro quando deixarem seus cargos.
Dois instrumentos fundamentais que favorecem a privatização da educação brasileira foram ou estão sendo produzidos por reformadores empresariais da educação ocupando cargos no MEC: o IDEB e a Prova Brasil censitária, desenvolvido por Reynaldo Fernandes quando era Presidente do INEP, hoje militando na indústria educacional brasileira e defensor das escolas charters que privatizam a gestão da escola pública; e outro, a base nacional comum, em desenvolvimento na Secretaria da Educação Básica do MEC exatamente sob controle de Manuel Palácios, que também milita na indústria de testes brasileira.
É uma vergonha este conluio entre a indústria educacional e o exercício de cargos públicos, escolhidos pelo ministro… Em que governo votamos!