Post de Rodrigo Travitzki examina os argumentos da Secretaria de Educação de São Paulo para propor a reorganização das escolas. O post foi divulgado pelo Blog de Paulo Saldaña (Estadão) e pode ser lido aqui.
“Quando passei a levar em conta o nível socioeconômico das escolas, a relação entre ciclos e desempenho se inverte! Sim, o que parecia bom se torna ruim e vice versa. Os alunos de escola com único ciclo passam a ter, em média, 8 pontos abaixo dos outros – o que corresponde a 4% da média. Vale notar que as escolas com ciclo único apresentam, em média, um nível socioeconômico mais alto do que as outras”.
No post, Travitzki demonstra o equívoco típico destas teorias veiculadas pelos reformadores empresariais da educação: lidar com uma variável de cada vez, segundo seus interesses do momento.
Estas teorias, quando convém, definem a gestão como variável decisiva. Quando não, é a separação por ciclos. Só lembram de outras variáveis quando se trata de discutir salário e condições de trabalho. E mesmo assim, para voltar a enfatizar uma das anteriores. E assim, vão construindo explicações “ad hoc” para justificar seus interesses ligados à conversão da educação em mercado.
É assim que ocorreu em países onde estas ideias prosperaram. Basta ler como elas evoluíram por lá.