“(…) Trata-se de uma pressão dupla em direções extremamente opostas. Por um lado, eles [os governos] estão expostos ao eleitorado, porque são reeleitos ou tirados do poder a cada 3 ou 4 anos. Portanto, precisam escutar o que o povo quer. Por outro lado, os governos sofrem a pressão extraterritorial de finanças, capitais, bancos internacionais, corporações etc. Estes não dependem do eleitorado, não foram eleitos e não ligam nem um pouco para qual será a reação da população. Querem que o governo deixe de escutar o povo e faça as vontades dos acionistas pois, para eles, a economia equivale aos interesses dos acionistas (…)”
Veja aqui a entrevista de Bauman no Estadão, feita para a série Incertezas Críticas, produzida pela Grifa Filmes.