No momento em que estamos ingressando em formas mais agressivas de neoliberalismo, é bom examinarmos a experiência de outros países que já enfrentam as consequências destas políticas. Refletindo sobre a greve de Los Angeles, na sequência da onda de manifestações de professores ocorridas nos Estados Unidos durante 2018, Henry Giroux, escreve em Truthout:
“Essa onda de resistência emergiu para contrabalançar a abordagem neoliberal voltada para o mercado na educação, que historicamente atravessou as linhas partidárias tradicionais. As reformas impulsionadas pelo mercado têm sido apoiadas desde a administração Reagan por todos os presidentes e por todas as facções políticas estabelecidas desde os anos 70.
Recusando-se a promover a relação entre educação e democracia, pensamento crítico e cidadania ativa, e rejeitando a conexão entre educação e mudança social e política, os defensores do neoliberalismo enfraqueceram o poder dos professores, atacaram sindicatos de professores, reduziram o ensino a treinamento e implementaram um verdadeiro ataque à imaginação através de métodos para preparar os alunos para os testes e cortar o financiamento para as necessidades básicas da escola. As escolas públicas foram transformadas em escolas charter ou em locais que ajudam na criminalização de estudantes negros e pardos pobres. Além disso, os líderes neoliberais procuraram despojar as escolas do seu potencial antiautoritário e igualitário destinado a ensinar os alunos a viver como cidadãos críticos e informados numa democracia.”
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