O delegado de polícia que presidia o INEP, no Ministério da Educação, foi demitido. A nova disputa se deu porque ele queria divulgar os dados que o INEP possui identificando alunos. Os procuradores reagiram ameaçando pedir demissão. O INEP nunca divulgou dados com nomes de alunos. Parabéns para o setor jurídico: nossas crianças agradecem.
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Nada garante que o próximo presidente também não queira fazer a mesma tolice. O MEC é um órgão, hoje, cada vez mais punitivo e tenderá a vincular sua atuação a políticas de premiação e punição em função de desempenho de escolas e alunos. A ideia é fazer passar vergonha todo aquele que não atingir metas: como se envergonhar gerasse qualidade na educação. Até Bill Gates nos Estados Unidos foi contra esta política quando ela esteve por lá. Ele escreveu: “Vergonha não é solução”. Lá tratava-se da divulgação nominal da avaliação dos professores. Escreveu:
“Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Estado de Nova Iorque de apelação decidiu que as avaliações de desempenho individual dos professores poderiam ser tornadas públicas. Não tenho opinião sobre a decisão como uma questão de direito mas, como um prenúncio da política de educação nos Estados Unidos, é um grande erro.”
O novo presidente do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais) na gestão de Jair Bolsonaro (PSL) é Alexandre Ribeiro Pereira Lopes. Essa é a terceira troca feita pelo governo Bolsonaro no comando do Instituto em cinco meses.
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