A OCDE é uma organização internacional concebida pelo neoliberalismo nascente no pós-guerra e reestruturada na ótica do Banco Mundial, OMC, e congêneres com a finalidade de criar uma “constituição internacional” a serviço do livre mercado – ou seja, a serviço da proteção do fluxo dos “negócios”. Sua função é criar uma pressão por determinadas políticas de fora para dentro dos países, atuando com atores nacionais que criem, internamente, as condições para seu florescimento.
Nesta semana, a OCDE, a pedido de fundações brasileiras, divulga um relatório sobre a educação brasileira com o título “Education in Brasil: na International perspective”. Há uma versão em português pelo coautor do trabalho o movimento Todos pela Educação.
A publicação foi elaborada pela OCDE, a pedido das fundações brasileiras Todos Pela Educação e Instituto Sonho Grande, que forneceram informações sobre o contexto do país e seus avanços na formulação de políticas. Ele foi financiado pela Fundação Telles – diz o relatório.
O Instituto Sonho Grande, que atua em Pernambuco, foi idealizado pelo bilionário Marcel Telles e presidido por Igor Lima, ex-vice-presidente da Kroton, com passagens por Harvard e McKinsey. Marcel Telles é parceiro de Jorge Paulo Lemann na 3g-Capital. Também participaram com sugestões: Francisco Soares, Maria Helena Guimarães Castro e Naercio Menezes Filho.
O relatório analisa todo o sistema educacional, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, e o compara com os países da OCDE e outras economias emergentes comparáveis, com foco em: Acesso e atendimento escolar; Resultados de aprendizagem e mercado de trabalho; Alocação, uso e eficiência de recursos financeiros, humanos e materiais; Gestores escolares, professores e ensino; Clima escolar e bem-estar dos alunos.
Acesse aqui a versão em inglês.
Acesse aqui a versão em português.
Olá, Luiz Carlos, você vai analisar alguns aspectos do relatório? Seria muito bom. Abraços, Cecilia
Tentarei chegar lá… abraco. Luiz
Boa tarde,
Professor na minha dissertação de mestrado investiguei a participação do Teles nas reformas nos estados brasileiros. Na verdade, era um trio: Gerdau, Teles e Falconí.
Ola
Fabrício mande a referencia, por favor.
Grato
Luiz
https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/4387
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