Priscila Cruz, do Todos pela Educação, está desanimada. Aos poucos vai caindo a ficha da esparrela em que estão se metendo ao transferir para o país a política dos reformadores empresariais, a qual visa colocar a educação sob controle dos “negócios”, da concorrência, e criar o “livre mercado” educacional.
Com o discurso da competência e da eficiência, a lógica concorrencial vai penetrando as escolas via exames, estabelece o mito da nota mais alta como referência de qualidade e em seguida desqualifica a educação pública para abocanhar os recursos públicos da educação. É o pessoal que quer fazer “negócio” às custas do dinheiro público. A ideia de que a iniciativa privada é mais competente e eficaz turbina a destruição do Estado e da educação pública.
Uma parte desta estratégia já fica clara na expansão do ensino à distância para formar professores, foco do desânimo de Priscila. Diz ela: “Para mim, a farra mais forte hoje é a do EaD nas universidades privadas que estão formando professor”. Ainda segundo ela, “hoje temos um ministro que briga com universidade, com aluno. Ele minou a legitimidade para fazer esse tipo de mudança.”
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Na verdade, o ministério defende a criação do “livre mercado” educacional e auto-regulado – ou seja “livre” da interferência do Estado. E isso é apenas o começo. Logo mais assistiremos a farra dos vouchers e das operadoras terceirizadas administrando escolas.
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