Postado originalmente na UOL em 22/07/2012
Valerie Strausss em seu Blog em 05/09/12 divulga sob o título de “Importante matemático desmascara “valor agregado”, no Washington Post, a posição de John Ewing sobre o uso de matemática para cálculo de valor agregado. Ele é Presidente de uma organização chamada Matemática para a América.
Segungo Valerie:
O artigo foi publicado em maio, originalmente nos Notices of the American Mathematics Society. Ele dá uma visão abrangente da história, o uso atual e os problemas com o modelo de valor agregado para avaliar os professores. É longo, mas vale bem o seu tempo.
Para John Ewing:
Mas o mau uso mais comum da matemática é mais simples, mais penetrante, e (infelizmente) mais insidioso: a matemática empregada como arma retórica, uma credencial intelectual para convencer o público de que uma ideia ou um processo é “objetivo” e, portanto, melhor do que outras ideias ou processos concorrentes. Isto é intimidação matemática. É especialmente persuasiva porque muitas pessoas ficam admiradas com a matemática e ainda não a entendem, uma combinação perigosa.
O mais recente exemplo do fenômeno é a modelagem de valor agregado (VAM), utilizado para interpretar os dados de testes. A modelagem de valor agregado aparece em todos os lugares hoje, a partir de jornais, televisão e campanhas políticas. A VAM é fortemente promovida com entusiasmo desenfreado e acrítico pela imprensa, por políticos, e até mesmo por (alguns) especialistas em educação, e é apontada como a maneira moderna, “científica” para medir o sucesso educativo em tudo, desde escolas charter até professores individuailmente.
O autor afirma que a maioria dos modelos de valor agregado não está preparada para os propósitos que são indicados.
Como consequência, a matemática que deveria ser usadas para iluminar acaba sendo usada para intimidar. Quando isso acontece, os matemáticos têm a responsabilidade de falar.