Postado originalmente na UOL em 25/07/2012
Isto foi escrito por Matthew Di Carlo em julho de 2010:
“Mas no panorama geral, cerca de 60 por cento dos resultados do desempenho é explicado pelo aluno e as características da família (a maioria é imperceptível, mas provavelmente se refere ao rendimento/pobreza). Fatores de escolaridade observáveis e não observáveis explicam cerca de 20 por cento, a maior parte deste (10-15 por cento) se deve a efeitos de professores. O resto da variação (cerca de 20 por cento) é inexplicável (erro). Em outras palavras, embora as estimativas precisas variem, a preponderância da evidência mostra que as diferenças de realização entre os alunos são predominantemente atribuíveis a fatores externos das escolas e salas de aula (ver Hanushek et al 1998;. Rockoff 2003;. Goldhaber et al 1999; Rowan et al. 2002; Nye et al 2004).
Agora, para ficar claro: isso não significa que os professores não são realmente importantes, nem que o aumento da qualidade do professor só pode gerar melhorias pequenas.”
Portanto, quando Calegari, Secretário de Educação Básica do MEC, afirmou no Endipe que os professores são “os” responsáveis pela qualidade do ensino, é preciso entender que isso não tem sustentação empírica. É incrível que o Ministério da Educação faça política pública sem evidência empírica. Mais ainda, de costas para a evidência empírica existente.
Confira aqui.