Fracasso faz Nova York suspender bônus

Postado originalmente na Uol em 19/07/2011

Como as evidências vinham sugerindo, programas de bônus para professores (individualmente ou coletivamente (escola), com base em um ano de dados de alunos em provas ou em mais anos, além de não terem a eficácia alardeada pelos reformadores ainda geram contra-controle custoso. Fazer experiências com redes inteiras é falta de responsabilidade. Deveria dar processo por improbidade administrativa.

A Cidade de Nova York, meca dos reformadores empresariais brasileiros, suspendeu seu programa depois que um estudo da RAND não encontrou evidências de efeito positivo. A pergunta é: como vai ser recuperada a motivação dos professores? Suspender o programa é fácil, curar as feridas, é um pouco mais difícil. Os modelos de cálculo de valor agregado não têm estabilidade e mesmo que algum efeito positivo pudesse ter sido encontrado, ainda teríamos esse “osso duro de roer”: os cálculos geram falso positivo e falso negativo – como ficou claro em Los Angeles.

Nova York Abandona Programa de Bônus para Professores

Terça-feira 19 de julho, 2011

Por SHARON Otterman, The New York Times

Um programa da Cidade de New York que distribuiu US$ 56 milhões em bônus por desempenho para professores e outros membros do pessoal da escola nos últimos três anos vai ser permanentemente interrompido, informou o Departamento de Educação da cidade neste domingo.

A decisão foi tomada à luz de um estudo que descobriu que os bônus não tiveram efeito positivo tanto sobre o desempenho dos alunos como nas atitudes dos professores em relação a seus empregos.

Continue lendo aqui (em inglês).

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About Luiz Carlos de Freitas

Professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - (SP) Brasil.
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