Postado originalmente na Uol em 28/01/2011
Um estudo conduzido pelo professor da Universidade Rutgers Bruce Baker e o doutorando Richard Ferris, acaba de ser publicado pelo Centro de Política Nacional de Educação (NEPC) da Universidade do Colorado em Boulder.
O estudo revela que os orçamentos das escolas charter variam e que as mais bem dotadas de New York recebem fundos privados (doações) adicionais superiores a 10.000 dólares por aluno a mais do que recebem as escolas públicas tradicionais e até mesmo outras charters.
Seria de se supor que tivessem uma educação com qualidade muito superior às escolas públicas, entretanto os autores concluem que “elas não têm”.
Leia estudo completo, em inglês, no link abaixo.
http://nepc.colorado.edu/publication/NYC-charter-disparities
Isso reforça a ideia de que se a iniciativa privada tem tanto interesse em educação, ela deveria fazer suas doações diretamente ao Estado o qual redistribuiria estes recursos segundo prioridades, às escolas públicas. Mas aí, elas não iriam parar no bolso das ONGs e OSIPs. O caso de New York ilustra porque se deseja a privatização da educação. Não é só transformar a educação em negócio para obter recursos públicos. De fato, os homens de negócio também estão de olho na complementação privada que chega via doações.