Dilma vai aos Estados Unidos buscar, entre outras coisas, cooperação para o ensino técnico. De fato, o mundo dá voltas: na década de 70 brigamos contra os Acordos Mec-Usaid e não queríamos a interferência americana nos nossos assuntos educacionais. Agora vamos aos EUA pedir ajuda.
“Em sua visita aos Estados Unidos em junho, a presidente Dilma Rousseff deverá buscar parcerias no ensino técnico e o incremento do comércio com os americanos, enquanto o presidente americano, Barack Obama, tentará fechar um acordo na área climática e abrir o mercado brasileiro para a indústria de defesa americana, segundo assessores governamentais e diplomatas dos dois países ouvidos pela BBC Brasil. ”
Se o PISA mede alguma coisa, podemos observar que, um deles, o roto, está na 60ª. posição no ranking e, o outro, o rasgado, está na 28ª. posição. Há dez anos que os Estados Unidos está no mesmo lugar no PISA.
Já que se quer pedir cooperação, a Finlândia está na 6ª. posição, pelo menos.
Como o que está no pano de fundo desta visita é comércio, devemos esperar um aumento também do comercio na área educacional – as grandes corporações americanas de avaliação, consultoria e ensino, já farejaram terceirização. E note-se que pelo dicionário de Haddad, também do PT, terceirizar por concessão não é privatizar:
“Tem gente que considera que toda e qualquer parceria, mesmo que temporária com o setor privado, é privatização. Aí é uma questão semântica. Eu não considero. Eu considero privatização a alienação de um bem”, explicou. “Quando você faz uma parceria e aquele bem retorna para o âmbito do Estado, eu não considero privatização porque aquele bem continua público. Ele só está sendo administrado em parceria com o setor privado, é diferente.”