O que nós estamos vivendo no atual momento da educação brasileira deixou de ser apenas uma disputa pela macro política educacional brasileira e amplia-se agora, com a montagem de grandes bases de dados sobre os resultados das avaliações censitárias, para uma disputa direta pelo controle do processo educativo nas escolas e nas salas de aula.
A ideia é chegar ao professor, ao diretor e aos pais, diretamente. Colocar a mensagem na ponta. Representa uma mudança qualitativa do nível de controle sobre as escolas. Até o momento, havia uma dificuldade grande para que o dado das avaliações retornasse às escolas, mais especificamente ao professor e ao diretor. As grandes bases de dados como as anunciadas pelo INEP na reunião da UNDIME (o Portal das Devolutivas) passam agora a cumprir este papel, levando não só o dado da avaliação mas uma interpretação sobre o mesmo. É neste contexto que deve também ser analisada a questão da base nacional comum como instância de padronização da educação brasileira.
Um exame das conexões entre a avaliação externa e o processo pedagógico da sala de aula pode ser encontrada em um texto que acabo de publicar pela revista Educação e Sociedade do CEDES.
Os reformadores empresariais da educação e a disputa pelo controle do processo pedagógico