O governo do Pará vai terceirizar a educação:
“Os governos do Pará e de Goiás têm um projeto claro de ataque à educação pública por meio de parcerias público-privadas (PPPs) ou organizações sociais (OSs).
O governador do Pará Simão Jatene (PSDB) já deu o aval para a implementação de um modelo de gestão educacional do tipo Escolas Charter, em contrato a ser assinado com o IFC (Corporação Financeira Banco Mundial).”
O governo também está terceirizando o treino dos alunos para os testes. O Pará está contratando empresas terceirizadas que treinem seus alunos para que eles batam as metas das avaliações nacionais, em aulas de reforço para alunos de 5o. e 9o. anos do ensino fundamental e 3o. do ensino médio.
O processo licitatório obedeceu regras estipuladas no contrato de empréstimo como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O gasto com a iniciativa foi de quase R$ 11 milhões.
“Por esse pregão, a Seduc contratou duas escolas particulares: o Centro de Ensino Fundamental e Médio Universo, em Belém, e o Colégio São Geraldo, de Ananindeua. Os dois contratos somam R$ 7.856.046,25 e a previsão é de que atendam 22 mil alunos. O contrato tem duração de cinco meses. Ou seja, serão gastos R$ 1,5 milhão mensais.
Além de preparatórias para o Enem, as aulas de reforço têm o propósito de auxiliar estudantes para a Prova Brasil, que é um dos componentes do Índice Nacional de Avaliação da Educação Básica. Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Alberto Andrade, o Governo está tentando maquiar os dados. “Enquanto as escolas públicas caem aos pedaços, sendo alvo de violência, repassa dinheiro para o setor privado para tentar melhorar o índice, sem mudar a qualidade da educação”, afirma.”