Reportagem da Folha de SP mostra o drama da concorrência e das cobranças no curso de medicina da USP. Certamente, não é a única com este problema. Os estudantes estão saturados, correndo para o topo desde a educação básica, vestibular e depois dentro do próprio curso.
Alguns ficam doentes, outros se suicidam (6 só neste ano, 3 nas últimas semanas).
Esta situação tende a se ampliar à medida que os exames sejam generalizados na educação e cada vez mais haja cobrança associada a eles, como é a tendência na atual política pública educacional e na sociedade em geral.
O relato da Folha apresenta os motivos:
“A formatura está próxima e a realidade da profissão vai matando as ilusões dos tempos de calouros. Há disputas infantis por notas, muitas divulgadas nominalmente.”
“Em apenas dez semanas de duração, somos cobrados sobre fisiopatologia das doenças, sobre diagnósticos e sobre quais exames solicitar para excluir ou confirmar hipóteses”
“As notas de conceito [quase 50% da nota final] são multiplicadas pela frequência. Se o aluno está deprimido, não consegue ir às aulas. Mas não podemos faltar sem punição. Não temos tempo para cuidar da nossa saúde mental e física.”
De repente, a corrida ao topo se revela, para alguns, uma corrida para nenhum lugar.
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Nossa, precisou chegar a esse ponto !!
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