“Vivemos esta “espiral descendente” que o filósofo italiano Giorgio Agamben qualificou como “estado de exceção” num livro profético lançado em 2003[1]. Nele, vale a lógica da necessidade (no caso, da necessidade dos ricos) que tem dois sentidos aparentemente opostos : “a necessidade não reconhece nenhuma lei e a necessidade cria sua própria lei” (40). Isso leva a esta situação paradoxal que vivemos no Brasil e foi tipificada por Agamben: “As medidas excepcionais encontram-se na situação paradoxal de medidas jurídicas que não podem ser compreendidas no plano do direito, e o estado de exceção apresenta-se como a forma legal daquilo que não pode ter forma legal” (11/12).”
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