A presidenta do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, e outros especialistas em educação (Ricardo Paes de Barros – Insper; Priscila Cruz – Todos pela Educação; Mozart Neves – Instituto Ayrton Senna) participaram de um encontro nesta quarta-feira, 14 de novembro de 2018, com o futuro ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni. Os participantes foram convidados para apresentar um panorama da educação brasileira.
“Na reunião, deixaram claro que o governo Jair Bolsonaro não pode ter como pauta a perseguição de professores. Quem estava presente afirmou que a conversa foi técnica, com apresentação do cenário educacional brasileiro para o futuro ministro. Não se falou sobre o cargo de ministro da Educação no encontro entre Lorenzoni e Viviane – o instituto [Ayrton Senna], em nota, disse que não está nos planos dela assumir a pasta.”
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Viviane Senna visitou Bolsonaro ainda durante a campanha, o que foi visto como um apoio.
A pauta do PSL, partido de Bolsonaro, é clara: introdução de vouchers e escolas charters na educação, o que significa privatização. Como a intenção do novo governo é livrar-se da educação pela terceirização e privatização, é claro que não há grandes planos para a área além destes – a não ser a introdução do controle ideológico do trabalho docente, pautado pelo Escola sem Partido.
Paulo Guedes, o ministro que controlará a economia, é adepto de Friedman, proponente dos vouchers. Este também foi o caminho seguido por Trump nos Estados Unidos que aproximou-se da iniciativa privada e nomeou DeVos para Secretária da educação, uma bilionária dirigente de uma Fundação educacional, com a tarefa de turbinar os vouchers. Quem quer que aceite o cargo de ministro da educação de Bolsonaro, não poderá alegar desconhecimento desta pauta.