Relatórios falhos insistem que sistemas de responsabilização ineficazes devem continuar a ser aplicados, mesmo com o caos da pandemia. O National Education Policy Center – NEPC – publica análise crítica do relatório da Bellwether Education Partners.
“BOULDER, CO (15 de outubro de 2020) – Um relatório em quatro partes sobre responsabilização (accountability) da Bellwether Education Partners explora os sistemas de responsabilização escolar de vários ângulos diferentes: suas raízes históricas, sua teoria de mudança e seu impacto nos resultados dos alunos, bem como o efeito do fechamento de escolas relacionadas ao COVID sobre os testes e a responsabilização.
Essas publicações, intituladas em seu conjunto,”Making Next Year Count: Equity in School Accountability”, foram revisadas pelo professor Edward J. Fuller, da Penn State University, que as considerou problemáticas por uma série de razões.
A série conclui corretamente que os sistemas de responsabilização estadual não melhoraram o desempenho dos alunos nem eliminaram as lacunas de desempenho na última década. Apesar dessa conclusão, no entanto, a série insiste intrigantemente que os sistemas de teste e responsabilização estaduais devem ser reinstaurados em 2020-21 e devem se concentrar nas escolas com os níveis de desempenho mais baixos.
O professor Fuller apontou que subjacente a esta conclusão está a falha dos relatórios em revisar adequadamente a literatura existente. Como resultado, os relatórios exageram algumas conclusões de pesquisa e ignoram um grande corpo de pesquisas sobre fatores que influenciam os resultados dos alunos. Especificamente, os relatórios não reconhecem a necessidade crítica de acesso a educadores bem formados e a recursos fiscais, que são fundamentais para qualquer esforço sério para melhorar os resultados dos alunos. Além disso, os relatórios se concentram muito estreitamente nas pontuações dos testes como o resultado principal da escolaridade e ignoram resultados como pensamento crítico, alfabetização para a mídia e educação para a cidadania, que são mais importantes do que nunca.
Por essas razões, conclui o professor Fuller, os formuladores de políticas são aconselhados a ignorar esta série e acessar análises e recomendações mais diferenciadas com relação à responsabilização escolar nos próximos anos.”
Acesse a crítica, de Edward J. Fuller, aqui.
Acesse a página de visão geral da série, Making Next Year Count: Equity in School Accountability, escrita por Alex Spurrier, Chad Aldeman, Jennifer O’Neal Schiess e Andrew J. Rotherham e publicada pela Bellwether Education Partners aqui.