A Rede Estadual de Educação Pública do Mato Grosso sofre com o processo de desmonte e privatização (veja aqui). Em reunião recente a Secretaria determinou que os atuais diretores dos 15 Cefapros, que são órgãos que cuidam da formação continuada do magistério, tendo como formadores professores experientes da própria rede, aceitem a terceirização destes órgãos a partir de janeiro de 2021.
Os profissionais da educação do MT divulgaram manifesto e solicitam o seu apoio contra mais este desmonte.
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MANIFESTO
“Os profissionais da educação da rede Estadual de Mato Grosso, em resposta a críticas e interesses que foram repassadas por membros do Governo do Estado e Seduc, sentem-se na obrigação defender os Cefapros e prestar esclarecimentos acerca de seu funcionamento e avaliação.
As tentativas de desqualificação do trabalho desenvolvido no âmbito dos Cefapros são inconsistentes e não houve, de fato, um debate/estudo aprofundado acerca de quais seriam os verdadeiros motivos para a proposta de “reorganização”.
Considera-se a “reorganização” um desmonte para os avanços do desenvolvimento da formação continuada dos profissionais da educação do Estado de Mato Grosso conquistada até os dias atuais (2020). Ao criticar os Cefapros, destinaram a responsabilidade dessa “reorganização como um pedido dos professores”, no entanto, não apresentaram embasamento para os fatos.
Na história da educação brasileira e de Mato Grosso a formação continuada dos profissionais da educação desse estado no âmbito dos Cefapros foi iniciada em 1997. Desse modo, podemos apontar como pontos favoráveis:
1) a garantia do direito à formação continuada em serviço para todos os profissionais;
2) a formação ser realizada/discutida/acompanhada por profissionais da rede de ensino, ou seja, os professores formadores são profissionais da educação do Estado de Mato Grosso;
3) as ações de formação são concebidas por meio de diálogos entre Cefapros e escolas, pois a implementação formativa ocorre de acordo com as necessidades apontadas pelos profissionais da rede;
No contexto de “reorganização” dos Cefapros, o Governo destaca algumas alterações como vantagem deste desmonte, no entanto, as ações visam um processo de desvalorização dos profissionais da educação com aumento dos investimentos em ações desnecessárias, como:
1) Formação realizada por meio de “pacotes” adquiridos em instituições privada: As necessidades das escolas serão visualizadas no âmbito geral, não irão promover o diálogo com as escolas;
2) Aquisição de materiais apostilados para os alunos: O Governo Federal com o Programa Nacional do Livro Didático realiza a distribuição dos livros para as escolas, assim, se o governo Estadual comprar outros materiais didáticos para os alunos aceitaremos um gasto duplo com dinheiro público.
3) Resultados imediatos: Afirmam que o foco será o monitoramento com avaliações bimestrais, buscando resultados das escolas como um todo, sem articular as particularidades como: Individualidade da realidade de cada escola, escolas quilombolas, escolas do campo, escolas indígenas e Cejas,
Uma ação formativa demanda tempo para a consolidação de práticas, bem como, para o aprofundamento de conhecimentos. A “reorganização” dos Cefapros coloca em risco a construção e avanço na garantia da melhoria da formação continuada no estado.
Os Cefapros são fruto da luta das educadoras, de educadores e do movimento sindical, não podemos abrir mão desse espaço público de formação e nesse processo de reorganização dos Centros temos a privatização do processo formativo dos profissionais da educação. Uma grave ameaça a esse espaço público de formação que deve ser ocupado por servidores da rede pública responsáveis pela formação dos seus pares.”
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Não podemos retroceder, abrir mão dos nossos direitos conquistados por um capricho desses governantes que estão no poder, só desmontando o que já está pronto!
É uma vergonha esse governo ele tem raiva da educacao. Não podemos deixar ele acabar com a Educacao
Eu digo não a privatização!
Estamos junto com os profissionais da cefapro
Mais uma desse desgoverno do Mauro Mendes em MT. Vamos a luta em defesa da educação pública, dos professores e dos CEFAPROS!
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