Neoliberais gostam de avaliar para criar mercado educacional e desgastar a imagem do serviço público, incentivando a privatização. Conservadores quando gostam de avaliar é para impor os valores da Tradição e dos Grandes Livros a todos. Imaginam-se em uma luta para regenerar o mundo ocidental, deturpado em seus “costumes”.
Desta forma, o que já não era bom – o SAEB – pode piorar.
Duas notícias dão conta dos movimentos que a teocracia do MEC está colocando em prática, esvaziando um órgão técnico como o INEP e assumindo nas Secretaria do MEC o papel desenvolvido naquele Instituto.
Primeiro, a contratação de 20 consultores externos para reelaborar a prova de alfabetização que ocorre no segundo ano do ensino fundamental. Serão feitos novos itens para compor as provas de avaliação.
Houve discordância entre MEC e INEP quando aos itens que deveriam ser criados para a nova prova. O MEC quer fazer da prova uma avaliação dirigida ao método fônico e os técnicos do INEP alertavam para o fato de que a BNCC não se limita ao método fônico.
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A segunda notícia informa a retirada do INEP das discussões sobre o novo IDEB que deverá ser adotado a partir de 2022, já que 2021 é o último ano com metas estabelecidas pela série, quando foi pensado em 2005. O grupo que discutia a questão no INEP foi dissolvido e o trabalho agora está com as secretarias do MEC.
O grupo dissolvido havia sido criado ano passado envolvendo pessoas do Conselho Nacional de Educação (CNE), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do próprio MEC, da Secretaria de Educação Básica e da Secretaria de Alfabetização.
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É desolador acompanhar esse desmonte todo! Agora o INEP também!