Ao longo de anos os reformadores empresariais da educação têm tentado reformatar a educação brasileira a partir da ação de grupos ditos da “sociedade civil” interessados na “melhoria da educação brasileira”.
Eles atuam configurando, primeiro, a política pública da padronização e alinhamento que lhes interessam (ver estudo de Tarlau e Moeler aqui), depois, comprando e operando escolas privadas (grupos e filantropos mais ricos) e gerando um exército de consultores uber e micro-empreendedores que dão sustentação ao grande negócio e às suas políticas.
Primeiro configuram a política educacional, atuando junto ao Estado e a Conselhos de Secretários de Educação, e depois, vão aos negócios montando a rede de escolas privadas. Tudo em nome das criancinhas pobres que têm direito de aprender. Atuam indiretamente sobre as políticas e diretamente sobre os negócios.
O homem mais rico do Brasil, Jorge Lemann, e grande filantropo da educação, indutor da Base Nacional Comum Curricular, agora acelera sua entrada na estruturação de uma extensa rede de escolas privadas conhecida como Eleva Educação. Não há nada de ilegal nisso, mas certamente não é mera coincidência. Segundo reportagem do Estadão, reproduzida pelo Jornal O Sul:
“O movimento é liderado por grupos como Eleva Educação (que tem Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do país, como sócio), Inspira (controlado por um fundo gerido pelo BTG Pactual), SEB (do empresário Chaim Zaher), Bahema (listado na Bolsa) e o britânico Cognita.”
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