Postado originalmente na Uol em 20/10/2011
Alckmin anunciou no dia do professor sua nova reforma do ensino médio. Presente de grego?
A recente reforma anunciada pelo Governo do Estado de SP no ensino médio, selecionando 19 escolas para receberem melhores condições de trabalho e funcionamento com novo modelo de ensino médio, foi feita pela Mckinsey a qual foi paga com dinheiro privado (um pool de fundações bancou o custo).
A empresa é uma ponta de lança dos reformadores empresariais e esta informação vem bem ao encontro de outra que divulgamos antes dizendo que 20 escolas públicas paulistas iriam desenvolver o conceito das escolas charters americanas. O governo de SP teria sido convencido pelo governador de Pernambuco, onde elas já existem. Por ora, isso não foi noticiado pelo governo.
O Estado de São Paulo ilustra bem como funciona o esquema dos reformadores empresariais. As fundações e empresas tomam as Secretarias de Educação como reféns e definem a sua agenda, fazendo doações. No caso de São Paulo é uma intervenção branca na Secretaria de Educação feita a partir da Parceiros da Educação – uma thinktank do PSDB (daqueles que não estão no governo) e que, de fora, define a agenda para quem está dentro.
Aguardemos.