Postado originalmente na Uol em 31/08/2011
O jornalismo de Clovis Rossi mostra hoje na Folha de SP (30-9-2011) como ele pode ser mais objetivo e analítico do que os empresários metidos a “especialistas em educação” que desfilam na mesma Folha de SP – ou no Estadão, se preferirem.
Clovis faz hoje em poucas linhas um diagnóstico do Chile (e do Brasil) brilhante. Objetivo, sem tentar fazer do Chile modelo para o Brasil que justifique a introdução da lógica dos negócios na educação, ele faz afirmações como:
“1. O chileno (sistema educacional), ao contrário do acomodado brasileiro, é um bicho afeito à mobilização desde sempre. 2. O sistema educacional chileno nem é público nem é gratuito nem é de qualidade. O Chile, como o Brasil, resolveu o problema da quantidade (conseguiu universalizar o acesso ao ensino básico), mas não o da qualidade: 40% dos alunos deixam o ensino fundamental sem entender o que leem (como no Brasil).”
Uma pancada e tanto nos reformadores empresariais brasileiros que divulgam o “modelo chileno” de responsabilização e privatização.
Para os defensores do ensino superior pago, no Brasil, também sobra:
“Consequência inescapável: 70% dos estudantes (chilenos) estão endividados e 65% dos mais pobres interrompem os estudos sufocados por problemas financeiros insuperáveis”.
Aliás, esta situação também se encontra na matriz, os Estados Unidos, de onde este modelo foi copiado.
Claro e límpido.
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