Postado originalmente na Uol em 25/01/2011
Êxito de bônus para professor divide especialistas
Luciano Máximo
Valor Econômico de 25-01-2011
De São Paulo
(…) Já na visão de Luiz Carlos de Freitas, especializado em avaliações e sistemas educacionais, as técnicas para vincular resultados de avaliações educacionais e de monitoramento de redes a pagamento de bônus “merecem reparos”. “A educação não se comporta de acordo com a curva normal da estatística, pois não é um fenômeno aleatório. A educação é um fenômeno intencional, portanto, quando o desempenho de um conjunto de alunos comporta-se de acordo com a curva normal, isso só é um indicador do nosso fracasso. Todos os alunos e cada um deles devem aprender tudo o que se considera ser necessário para sua formação. Temos, portanto, que rever o objetivo do uso dessas ferramentas na análise do desempenho dos alunos”, argumenta o professor da Unicamp.
Ferraz e Freitas concordam que carreira estruturada e salário atraente no magistério são ações mais “efetivas”. Ainda assim, uma política não anula a outra, para o professor da PUC-RJ. “A ideia de que a meritocracia não pode ser feita na educação só porque é um setor diferente é errada. Agora, como fazer isso em educação é uma discussão válida. É claro que não será um sistema idêntico ao de uma multinacional”, pondera.
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