Postado originalmente na Uol em 15/03/2011
Porque as escolas charter funcionam com a pobreza, se é que funcionam? Em postagem anterior esta questão é explicada, analisando o relatório que Dimenstein disponibilizou. As classes médias americanas não aceitariam a pedagogia penal imposta aos pobres que Dimenstein diz melhorar seu desempenho – o que em si, já é controverso nos Estados Unidos.
Tais relatórios circulam como verdades no Brasil.
A proposta das escolas independentes é uma forma de guetorizar a educação dos pobres diversificando a educação “pública” segundo a origem social dos alunos, permitindo, onde for necessário, descolar a classe média da escola pública regular via escolas charters que modulam o oferecimento da educação segundo tal origem social – além de ser um negócio rentável. Em postagem anterior que mencionei acima, o leitor encontrará o fundamento desta apreciação, a partir de uma análise crítica do relatório que o próprio Dimenstein sugere.
Uma revolução na educação pública
gilberto dimenstein – 15/03/2011 – 09h14
Imagine uma escola pública dirigida pela comunidade, com a liberdade de escolher e demitir os diretores e os professores, além de estabelecer seu próprio currículo e o número de horas que os alunos estudam. Esse tipo de escola independente gera um intenso debate nos Estados Unidos, mas virou um objeto de desejo dos pais e criou enormes filas de espera –e, por isso, apesar da resistência dos sindicatos e dos burocratas, se dissemina.
Nesta semana será apresentado, em um encontro sobre educação promovido pelo MIT em São Paulo, um detalhado estudo feito por economistas americanos mostrando que, nas áreas urbanas deterioradas, essas escolas, aqui chamadas de ‘Charter’, fazem o aluno prosperar expressivamente.
Continue lendo em: