Quando embarcamos no percurso da associação de resultados de testes a consequências fortes, ou seja quando o impacto do resultado da avaliação na vida das pessoas é alto, não há limite para as relações que se podem estabelecer em nome da “eficiência”. Por isso, precisamos pensar bem antes de seguir por este caminho.
Há quem acredite que podemos controlar este processo. Eu não estou entre eles. E a razão é simples: há dinheiro no meio e interesses governamentais e mercadológicos que são irrefreáveis.
Na educação isso tem se mostrado um desastre. É o caso do exemplo abaixo. Esta novela iniciada há mais de 20 anos nos Estados Unidos, ganha sempre novos capítulos:
“Não é suficiente, aparentemente, julgar os alunos, professores, diretores, escolas, distritos e estados através de pontuações em testes, para não mencionar a proposta do Departamento de Educação de avaliar as escolas com base nas pontuações dos testes obtidas pelos alunos concluintes. Agora, o Superintendente de Educação de Louisiana, John White, surgiu com uma ideia nova: Ele quer vincular o financiamento dado para os alunos rotulados como “talentosos” a quão bem eles se desempenham nos testes padronizados. Literalmente. Dinheiro para os resultados dos testes.”
Na origem da ideia está a necessidade de mostrar eficiência para a sociedade através da elevação das pontuações em testes. E por aí vai. O leque é grande. Leia aqui.
Na outra ponta, é risível – se não fosse desastroso – ver aparecer cartilhas para os pais dos estudantes americanos lidarem com a ansiedade dos filhos durante os períodos de testagem nas escolas. Que personalidades estamos formando nesta juventude?