USA: mais fracassos na matriz

Com o Race to the Top de Obama, um aprofundamento do No Child Left Behind de Bush, surgiu uma febre nos Estados Unidos de se avaliar o professor pelo resultado dos testes dos estudantes. Isso gera um percentual do salário do professor, variável, que é pago segundo tais resultados dos estudantes.

Quando apareceu, estatísticos e matemáticos dos Estados Unidos criticaram a medida. Não adiantou. Foi feito. Abaixo estão os primeiros resultados.

 “A primeira tentativa de Nova York para classificar os professores em função do  progresso de seus alunos em testes falhou em vários aspectos-chave, diz um novo estudo encomendado pelos superintendentes da região.

A fórmula usada pelo Estado deu menos importância para os professores que atendem a alunos carentes, avaliou alguns professores levando em conta o desempenho de muito poucos alunos, não conseguiu medir as variáveis-chave, tais como a mobilidade dos estudantes e não sinalizou claramente como as escolas podem ajudar os professores e alunos, segundo o mesmo estudo.

“Nossos temores se realizaram”, disse o Superintendente de Harrison Louis Wool, que foi presidente do Conselho de superintendentes das escolas de Hudson, quando o estudo foi iniciado na primavera.” A primeira rodada de avaliações não mediu com precisão o valor de professores cujos alunos estão na pobreza, na educação especial ou falam Inglês limitado. Estamos preocupados que tenhamos passado horas incontáveis e gasto milhões e milhões de dólares para produzir resultados que não são comparáveis com todo o estado e não informam a prática do professor ou a aprendizagem dos alunos.”

Leia matéria aqui (em inglês).

Sobre Luiz Carlos de Freitas

Professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - (SP) Brasil.
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Uma resposta para USA: mais fracassos na matriz

  1. adriana arouck damasceno disse:

    É certo que políticas migradas de instituições que só visam o lucro só podia dar nisso. O interesse dos políticos brasileiros ao defenderem tais políticas educacionais não é porque eles têm compromisso com uma educação melhor, de qualidade para crianças e jovens; mas porque veem nela estratégia de manipulação, de fragmentação da categoria, de privatização da escola pública (que direciona fortunas à fundações como a famigerada Roberto Marinho). É com tristeza que atestamos uma sociedade controlada por pilantras da pior espécie. Onde já se viu projeto revolucionário educacional que não contempla a diferença, traço tão característico do humano. Isso a mim me parece mais projeto Nazi essa tal de Meritocracia.

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