Como era de se esperar, Francisco Soares continuará na Presidência do INEP no ministério de Cid Gomes. Ninguém melhor que ele para implementar a política que o ministro está preparando. Cid é encantado com avaliações, quer que a Prova Brasil venha a ser anual. Quer avaliar docentes e diretores. Enfim, acredita que a avaliação é uma peça central da melhoria da educação.
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Luiz Carlos de Freitas
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Bom dia! Peça fundamental não seria, mas um dos elos. É incrível que os anúncios provenientes do MEC, sobre educação, não apontam a necessidade de uma política salarial real e que resgate, definitivamente, a dignidade da nossa profissão. Grande abraço e parabéns pelo seu trabalho.
Prof Dr Carlos Bifi – FATEC SP
Enquanto isso aqui no Paraná os professores estão em greve há mais de 20 dias não por reajuste salarial e nem plano de carreira, simplesmente para manutenção de direito adquirido e contra a superlotação das salas de aula e redução drástica em número de funcionários das escolas, ou seja, pelo mínimo necessário para o funcionamento das escolas públicas estaduais, e a imprensa nacional se cala…
REFORMA GERENCIAL, DESPROFISSIONALIZACAO E PROLETARIZAÇÃO DOCENTE DA REDE ESTADUAL DO RJ.
O trabalho docente, nesta Rede de ensino, se intensificou muito, sobretudo, depois da Reforma gerencial que instituiu o Programa de Educação do Estado e isso tem acarretado séries de problemas de saúde para categoria. A intensificaçao trabalho foi fenômeno estudado por Marx, no contexto da Revolução Industrial, e significou o prolongamento desmedido da jornada de trabalho que a maquinaria produziu na mão do capital. O processo da mecanização aumentou a intensidade do trabalho da classe operária na fábrica, sendo assim o operário passou produzir mais com o mesmo dispêndio de trabalho no mesmo tempo.
No campo educação, vários autores se debruçaram para estudar o assunto, em especial, a professora Dalila Oliveira(2006), que analisou os efeitos das Reformas educacionais dos anos 90 na América Latina na intensificação do trabalho docente. Para Oliveira, a intensificação do trabalho docente se dão em três dimensões: na ampliação da jornada de trabalho frente aos órgãos do sistema; de forma individual e dentro do próprio estabelecimento escolar, este último é que vem ocorrendo na Rede Estadual.
Novas atribuições e exigências foram criadas e impostas por meio de resoluções, decreto e portarias, sem, contudo, ser discutida com o conjunto de professores. A escola começou a ser invadida por excesso de programas como: Projeto Autonomia, Conexão Educação, SAERJ e a remuneração variável, extremamente gerencial, no entanto, sem nenhuma dimensão político pedagógica, em meio de tantas novas atribuições, o professor tem percebido que ensinar não é o mais importante, nesse novo contexto, cumprir metas e prazos são as novas competências do professor (lançar nota no conexão educação e aplicar o SAERJ). As metas que ele nem se quer ajudou a elaborar, pois foram traçadas por assessorias educacionais que não levaram em conta o Projeto Político Pedagógico da Escola- PPP, que muitas das vezes é mudado para atender as demandas externas e não da comunidade escolar.
Pode-se afirmar que, a política gerencial que instituiu o programa de bonificação por resultado nas escolas fluminense atualizou a tese da desprofissionalização e proletarização docente, entendida como um processo de enfraquecimento do caráter específico da profissão do professor e consequentemente a perda de autonomia e do controle de seu processo de trabalho (OLIVEIRA, 2004). Esse processo de perda de identidade profissional e autonomia pedagógica se expressa em: 1) diminuição da qualidade da formação inicial e continuada; 2) perda de direitos e precarização das condições laborais; 3) padronização do trabalho, provocando a submissão das práticas de rotina e 4) exclusão do professor na elaboração de políticas educativas (JEDLICKI e YANCOVIC, 2010).
Fabrício Fonseca