Arnaldo Niskier diz hoje (5-6-15) na Folha o que deve ser dito sobre o documento Pátria Educadora, mas nos falta coragem. Divergências à parte, ele vai direto ao ponto e representa a necessária e enérgica crítica que seria esperada de nossas entidades educacionais. Infelizmente, estas estão mais preocupadas em fazer “social relations” com o estado brasileiro do que em criticá-lo vigorosamente naquilo que se deve criticar. Quando surge uma crítica, inevitável, ela é terceirizada para algum “órgão superior e impessoal” e de lá sai acompanhada de tantas voltas e cuidados que perde até mesmo sua força.
Arnaldo Niskier é direto. Diz:
“Roberto Mangabeira Unger tirou da sua cartola de mágico nada menos de 29 laudas…”
[O documento] “é pomposo, mas não representa nada, embora pretenda identificar refundadores ou libertadores da nação.”
“O trabalho oficial sugere a reorientação do FNDE para financiar estes devaneios ou então fazer o que lhe parece mais simples: emendar a Constituição para viabilizar o empenho das bases. Francamente, parece que esses técnicos vivem no mundo da lua, inclusive quando propõem a criação de um colegiado transfederal para cumprir a tarefa corretiva.”
É isso. Se pudesse, reproduziria na íntegra, mas não posso. Portanto direciono o leitor para o site da Folha.
Agora é aguardar pela resposta de Mangabeira à Folha.
Consta que Niskier, ao final dos 70 quando fora secretário de educação do rj pela primeira vez, fora responsável por uma grande alocação de recursos públicos para financiamento de instituições privadas. É bom informar também que o sujeito faz parte do instituto milênium.
Pois é, se nem eles gostaram, por que nós haveríamos de gostar? A questão aqui não é o Niskier, é o Mangabeira.