Uma professora e seu marido, que é advogado, estão dando trabalho para o Estado de Nova York ao ganhar na Suprema Corte do Estado uma ação, interposta pelo marido, contra o uso de cálculo de valor agregado na avaliação da professora. Neste tipo de avaliação, a proficiência do aluno medida em testes é um componente da avaliação do professor. De um ano para o outro a professora caiu para o ranking dos “professores ineficientes” o que motivou a ação contra o Estado de Nova York.
As razões pelas quais a Suprema Corte do Estado acolheu a demanda de anular a classificação negativa da professora foram, segundo o blog Answer Sheet as seguintes:
– a evidência convincente e detalhada sobre o viés dos cálculos de valor agregado contra professores situados em ambas as extremidades do espectro (por exemplo, aqueles com alunos de alto desempenho ou aqueles com os alunos de baixo desempenho);
– o efeito desproporcional do pequeno tamanho da turma da professora e a porcentagem relativamente grande de alunos de alto desempenho;
– a incapacidade funcional dos estudantes de alto desempenho para demonstrar crescimento semelhante a alunos com desempenho mais baixos;
– a variação total inexplicável na pontuação de crescimento de 14 para 1 apesar da presença de estudantes de pontuação estatisticamente semelhantes entre a classe do ano anterior e a atual classe da professora;
– a imposição rigorosa de restrições de classificação sob a forma de uma “curva do sino” que coloca os professores em quatro categorias através de porcentagens pré-determinadas, independentemente de o desempenho dos alunos ter aumentado dramaticamente ou caído dramaticamente em relação a anteriores.
A Corte, em seu julgamento, ouviu um conjunto de profissionais da área sobre cálculo de valor agregado para chegar a este resultado.
O resultado da Suprema Corte estimulou a Rede em Defesa da Educação Pública a estabelecer uma campanha nacional contra o uso de resultados de avaliação de alunos na avaliação dos professores.