A BNCC do ensino fundamental, como demonstrado por Fernando Cassio, foi vítima da participação por meio de um formulário “on line” em sua elaboração. Também houve o dia D da BNCC do ensino fundamental. O método vai ser reproduzido na BNCC do médio, agora liderado pelo Consed para socorrer o MEC que recebeu críticas por não ter discutido com as redes a BNCC do ensino médio.
Como bem aponta uma leitora:
“O campo do formulário não deixa brecha para discutir os pontos favoráveis ou desfavoráveis da reforma. O que está sendo proposto aos professores é analisar se as habilidades indicadas são claras ou pertinentes. Sendo assim, não existe discussão ou análise da proposta de reforma do EM, somente imposição e prejuízo para os estudantes e professores.”
Tal como na época do primeiro dia D realizado em 6 de março desde ano, disponibilizamos novamente o documento com as 12 razões para não ser coadjuvante nessa aventura.
Baixe aqui as 12 razões.
A atual BNCC do ensino médio tem pelo menos três problemas: o primeiro é a sua forma de elaboração, o segundo sua vinculação a uma política educacional baseada em testes, e o terceiro é que ela implementa a Lei da reforma do Ensino Médio já aprovada, uma lei que aprofunda a segregação dos nossos jovens. As questões de fundo já estão definidas e não estão abertas a discussão.
Segundo a Agência Brasil, no dia 2 de agosto próximo haverá outro Dia D para discutir a base em 28 mil escolas públicas e privadas de todo o país. Ela é destinada a receber sugestões e melhoria para o documento que está sob análise no CNE – Conselho Nacional de Educação. Material de apoio está disponibilizado no portal do Consed. Novamente a “participação” é “on line”.
Segundo o site do Consed:
“O Dia D será promovido nas próprias escolas. Cada uma delas deverá reunir o corpo docente do Ensino Médio para a realização de cinco atividades. A principal delas é o preenchimento do formulário de avaliação da BNCC. Nesse momento, de acordo com a atividade proposta, os professores serão divididos por áreas de conhecimento, para analisar as competências e habilidades da sua área.”
A iniciativa é apoiada pelo “Ministério da Educação, o Conselho Nacional de Educação, o Fórum dos Conselhos Estaduais de Educação, a Federação Nacional das Escolas Particulares, a Associação Nacional das Escolas de Educação Católica, o Sistema S e o Movimento Pela Base.”
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) fará contraponto ao Dia D da BNCC
http://www.cnte.org.br/index.php/comunicacao/noticias/20089-dia-2-de-agosto-sera-de-mobilizacao-contra-a-bncc-do-ensino-medio.html
Você esqueceu de dizer que o campo do formulário não deixa brecha para discutir os pontos favoráveis ou desfavoráveis a reforma.
O que está sendo proposto aos professores é analisar se as habilidades indicadas são claras ou pertinentes. Sendo assim, não existe discussão ou análise da proposta de reforma do EM, somente imposição e prejuízo aos estudantes e professores
Obrigado. Incorporei ao texto.
Luiz