Tal como os reformadores empresariais, os adeptos do homeschooling (escola em casa) costumam citar “estudos” que atestam a superioridade dos jovens que estudam em casa, frente aos jovens que vão para a escola. Mas isso está longe de ser uma tendência. Como revela Renata Cafardo:
“Mas, segundo especialistas no tema, os resultados não são confiáveis por causa da amostra. Os alunos participantes foram voluntários chamados pelas organizações de defesa do ensino domiciliar, de acordo com o International Center of Home Education Research, um grupo dos Estados Unidos que reúne pesquisadores do assunto. Em geral, quem estudou em casa e teve sua nota analisada era branco, mais rico e mais educado que a média dos estudantes.”
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Os estudos ignoram exatamente uma das variáveis mais importantes na educação: o nível sócio-econômico das crianças. Boa parte destes argumentos encobrem os desejos dos neoliberais em destruir o Estado e suas instituições e encobrem os desejos dos conservadores em garantir que as crianças não se exponham a outras visões que não as autorizadas pelos pais.