“Future-se” ou melhor, “vire-se”

No dia 17 passado, o MEC apresentou seu plano para o financiamento das universidades federais. O plano é destinado a “separar o joio do trigo”, segundo o ministro declarou ao Estadão, um dia antes de seu lançamento:

“O modelo deve ter adesão voluntária pelas universidades. “Permitindo separar o joio do trigo… as que quiserem ficar no atual modelo, poderão ficar”, disse Weintraub”.

Esta afirmação revela a intenção do plano, ou seja, colocar as universidades na dependência do mercado, em um ambiente concorrencial de acesso a recursos, onde sobreviverão as áreas que se ajustem aos interesses deste.

O blog “Emdescontrução” conversou com dois especialistas sobre os planos do MEC: Marina Avelar, pesquisadora associada do grupo Norrag, do Graduate Institute of Internacional and Development Studies, na Suíça; e Salomão Ximenes, professor de políticas públicas da UFABC.

“Para os entrevistados, o projeto é vago e pouco transparente; não resolve o problema imediato da falta de verba; acena com recursos incertos e sem liquidez; desresponsabiliza o poder público no financiamento do ensino superior público; joga na educação a responsabilidade pela solução de problemas econômicos; ameaça ampliar desigualdades entre universidades, cursos e áreas; e não contempla a expansão da rede.”

Leia aqui.

Sobre Luiz Carlos de Freitas

Professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - (SP) Brasil.
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