A batalha da escola pública contra a militarização em Brasília deve ser analisada com muita atenção, pois ela é uma antecipação da batalha contra a privatização. Os defensores da militarização deslocam para os pais a decisão de militarizar uma escola e apostam no medo e na insegurança dos pais, os quais associam a presença dos militares no interior da escola a mais segurança para seus filhos.
Ao aceitarem a militarização, os pais estão acuados pelo medo e acreditam que os filhos terão mais segurança com a militarização, no entanto, estão submetendo seus filhos a situações que poderão marcar negativamente a história de vida destes.
Quando a política privatista do MEC e dos governos locais chegar ao ensino básico (como já aconteceu no ensino superior), o mesmo processo se repetirá: perguntarão aos pais se querem ou não privatizar suas escolas. As fundações privadas vão financiar materialmente a campanha pela privatização junto aos pais, com apoio da mídia e dos fundos de investimento, principais interessados na privatização.
Esta é a razão pela qual é fundamental que os pais sejam incluídos no processo de luta pela escola pública de gestão pública – sem privatização e sem militarização.
O Sindicato – SIMPRODF – tem feito em Brasília um trabalho importante.
“Cinco escolas públicas do Distrito Federal, por meio das comunidades escolares, votaram se aceitam ou não a intervenção militar no CEF 19 de Taguatinga, no CEF 407 de Samambaia, no CED Gisno Plano Piloto, no CED 1 do Itapoã e no CEF 1 do Núcleo Bandeirante (Sapão). O CED Estância III teve sua votação no dia 10 de agosto.
Utilizando a artimanha de aproveitar o esvaziamento da comunidade escolar no final de semana, o Governo do Distrito Federal marcou a votação para o sábado. A princípio a votação deveria acontecer durante a semana, quando o quórum é maior. Diante desta artimanha, a militarização foi REJEITADA em QUATRO das seis unidades escolares.”
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