O Projeto de Lei 1886/20 que institui o Certificado de Recebíveis da Educação (CRE) – Emergencial – em decorrência do estado de calamidade pública pela pandemia de COVID-19, de autoria do Senador Jorginho Mello (PL/SC) é aprovado no Senado.
A notícia é da Agência Brasil:
“O Senado aprovou hoje (20) um projeto de lei que cria o Certificado de Recebíveis Educacionais (CRE). O CRE serviria para auxiliar as instituições educacionais particulares na crise trazida pelo novo coronavírus. Com a suspensão das aulas por tempo indeterminado, algumas escolas particulares passam por dificuldades, sendo que há instituições que reduziram o valor de suas mensalidades. O projeto vai à Câmara.
“Apesar da diminuição nos custos com energia elétrica, água e telefone, as instituições mantiveram seus professores e ainda investiram na educação à distância”, disse o relator da matéria, Dario Berger (MDB-SC), em seu parecer. “Acreditamos que, com a nova realidade de crise econômica, as instituições privadas de educação se verão obrigadas a renegociar seus contratos, analisando caso a caso as necessidades dos estudantes e seus responsáveis”.
O Certificado de Recebíveis são títulos de crédito nominativos, escriturais e transferíveis, lastreado em créditos educacionais. Esse tipo de certificado já é utilizado nos setores imobiliário e do agronegócio. Uma companhia securitizadora compra um título e o emissor desse título, no caso, as instituições de educação, recebem um dinheiro por isso.”
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Segundo o projeto, “a União será garantidora, de forma subsidiária, das operações realizadas a contar do final da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, até 2 (dois) anos de seu encerramento.”
Dinheiro público colocado à disposição de empresas educacionais, enquanto as Universidades Públicas e a ciência em geral padece.
Não entendi! Os estudantes das escolas particulares não estão recebendo ensino à distância? As escolas particulares não estão cobrando as mensalidades durante este período ou os pais dos alunos não as estão pagando? Os clientes (pais) não estão satisfeitos? Ou a classe média/média alta está cortando despesas com educação neste momento de pandemia? Não seria mais justo e necessário fornecer recursos para as escolas (públicas) que concentram a grande maioria dos estudantes do país e que também precisam se reinventar frente ao COVID-19?