Postado originalmente na Uol em 5/02/2011
Yong Zhao, em seu blog, escreve sobre o discurso de início de ano feito pelo Presidente Obama no Congresso, nos Estados Unidos. Vale a pena ler alguns de seus trechos.
“O presidente Obama quer ganhar o futuro: “inovar mais, educar mais, e construir mais o mundo”. Se queremos ganhar o futuro – se queremos inovação para gerar empregos na América e não no exterior -, então também temos de vencer a corrida para educar nossos filhos. Como vencer a corrida para educar nossos filhos? Mais matemática, mais ciência, mais diplomados nas high schools, mais graduados da faculdade, mais Race to the Top, mais standards e normalização, cenouras e porretes para os professores e escolas, e não ver TV. Por quê? Porque China e Índia “começaram a educar os seus filhos mais cedo e terminam mais tarde, com maior ênfase em matemática e ciência;” porque “[a] qualidade do nosso ensino de matemática e ciência está atrasada em relação a muitas outras nações;” e porque “os Estados Unidos caíram para nono lugar na proporção de jovens com um diploma universitário.”
Isso tudo parece muito confuso ou é falso.
(…)
É verdade que “a China e a Índia começam a educar os seus filhos mais cedo e terminam mais tarde, com maior ênfase em matemática e ciência?”
Não, a China realmente começou a reduzir o tempo de estudo para seus filhos, com menos ênfase em matemática e ciências. (…) A idade de início escolar na China permanece a mesma idade de seis anos desde a década de 1980 quando pela primeira vez a China aprovou a Lei de Educação Compulsória em 1986. Desde os anos 1990, a China lançou uma série de reformas educacionais destinadas a reduzir o horário escolar e diminuir a ênfase em matemática. Segundo um comunicado recente do Ministério da Educação: “Desde a implementação do “Novo Currículo”, o montante total do tempo de aula durante o período de ensino obrigatório (graus 1-9) foi reduzida em 380 horas/aula. Durante o ensino fundamental (séries 1-6), o tempo da aula de matemática foi reduzido em 140 horas/aula, enquanto adicionou-se mais 156 horas aula para a educação física. No ensino médio, 347 horas de aula foram retiradas de cursos obrigatórios e 410 horas/aula em disciplinas optativas foram acrescentadas.”
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