Mercadante, Ministro da Educação, perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado, ao lavar as mãos ante a luta dos estudantes de São Paulo para barrar a reorganização privatista de Alckmin:
“Em audiência no Senado, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que a medida tomada pelo governo paulista ao separar os alunos por faixa etária é “recomendável” do ponto de vista pedagógico, mas que a transferência exige cautela.”
“Questionado, Mercadante disse que não se sentia confortável “em falar da rede alheia”, que é comandada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB-SP), mas defendeu que a educação deve ser uma questão “suprapartidária”. “
Sim, mas aí, ele já tinha falado. O complemento adicionado, só piorou, pois mostra sua concepção idealizada de educação suprapartidária. Revela o grau de submissão das ideias às conveniências do dia-a-dia da política mal feita.
O suprapartidarismo na educação fragiliza as lutas contra a privatização da educação pública e contra a destruição do magistério. Em um momento em que estamos com um dos maiores movimentos contra a política de Alckmin liderado pelos estudantes, a fala do ministro é absolutamente inconveniente.
Em contraposição, o CENPEC, liderado por Maria Alice Setubal que apoiou Marina nas últimas eleições, objeto de crítica ferrenha do PT nas últimas eleições, divulgou nota criticando com propriedade a reorganização das escolas em São Paulo.
A proposta prevê o fechamento de mais de 90 escolas no estado, o que significa redução de custos e de investimentos em educação. Para as famílias, a proposta acarretará em complicada logística com o deslocamento dos filhos para diferentes escolas, prejudicando a organização familiar e, possivelmente, aumentando os gastos com transporte escolar, além da quebra de importantes vínculos afetivos formados com alunos, professores e funcionários das escolas que frequentam. No caso do deslocamento, mesmo em um raio de 1,5 quilômetro (anunciado como a distância máxima entre as escolas), especialmente nos territórios de alta vulnerabilidade, a mudança pode gerar insegurança entre as famílias. Estudos do Cenpec indicam que nesses locais, principalmente as mães, já empreendem grandes esforços para assegurar a educação de seus filhos.”
Veja texto integral aqui.
O ministro, com sua fala, torna-se merecedor de um “esculacho” que deveria ser programado pelos estudantes em luta no Estado de São Paulo.
Mais uma vez observa-se a falta de compromisso e respeito com a Educação brasileira, e o pior, com as pessoas. Um sentimento de revolta se estabelece. Desejo com urgência que esse 4º mandato de Lula termine e que os alunos e professores de São Paulo sejam resistentes.
Também achonque ele deveria se manifestar com enfase sim,me que ele não expressa a posição e a diferença que o PT sempre mostrou em relação a políticas de Educação. Ok. Mas convenhamos, comparar CENPC com o Ministério já é um pouco demais, não?! Pense o peso a dimensão de um e de outro? Achei tosco. Abraços
Compare as argumentações, independentemente dos órgãos envolvidos, no final são elas que definem as posições e não os órgãos envolvidos em si.
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Alguém avisa ao ministro que os estudantes paulistas são antes de tudo brasileiros e portanto são da responsabilidade de todas as esferas Municipal, Estadual e Federal -“rede alheia’ ridiculo
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Sim, seria melhor ficar calado – até porque, de uns tempos pra cá, tudo o que petistas dizem é distorcido completamente. Se lermos e entendermos o que ele falou não chegaremos à essa conclusão de que estaria ‘apoiando Alckmin’. Conclusão gratuita, totalmente voluntarista.
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