Postado originalmente na Uol em 29/09/2011
O raciocínio dos reformadores empresariais está baseado na fé que têm na transferência dos procedimentos da iniciativa privada para o campo da educação. A educação como negócio. Como se trata de fé, não é racional nem depende de evidência empírica.
Cercada de meias verdades e bravatas, a arrogância de quem tem acesso fácil à imprensa para dizer aquilo que ela quer sem ter que demonstrar nada, está expressa na frase que segue:
“É irrelevante perder tempo indagando se a escola tem “produto”, se ensino é “mercadoria”, se “produtivismo” é neoliberal e outras fantasias do mesmo naipe. Importa reter que instituições das mais variadas naturezas e índoles têm muito em comum e que há boas regras e ferramentas que servem para todas. Como o setor produtivo se antecipou aos outros, há excelentes razões para aprender como ele. Com efeito, quem entendeu isso está ganhando qualidade. “
Pronto, está decretada a verdade – faltou combinar com os fatos…
Leia abaixo o texto.
Escola é empresa?
Com dedo em riste nos dizem: “Escola não é empresa”, “educação não é produto”, “avaliação é neoliberal”, e por aí afora. Passemos ao largo desses soluços semânticos
CLAUDIO DE MOURA CASTRO
ECONOMISTA, ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO
http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,escola-e-empresa-imp-,778472