Postado originalmente na Uol em 22/02/2011
O fechamento de Escolas Públicas: uma ideia realmente ruim
Diane Ravitch – 08 de fevereiro de 2011
Na semana passada, o Departamento de Educação da Cidade de New York recebeu permissão do Painel de Política Educacional da cidade, ou PPE, para fechar mais duas dezenas de escolas públicas, porque seus resultados são muito baixos. A cidade já fechou mais de 100 escolas e abriu centenas de novas. O consentimento do PPE nunca foi uma dúvida. Nova York tem um sistema de governança para suas escolas públicas em que o prefeito Michael Bloomberg tem completo e ilimitado poder sobre todas as decisões. Ele não só nomeia o Secretário da Educação (o chanceler das escolas), mas nomeia oito dos 13 membros do PPE, que estão ao seu dispor. O prefeito deixou claro que vai demitir qualquer membro do PPE que desafie suas ordens. Assim, quando o Departamento de Educação, controlado pelo prefeito, faz uma recomendação para o PPE, o resultado é predeterminado.
Nosso prefeito está agora em seu nono ano de seu terceiro mandato, e as suas políticas de educação são completamente fundadas na ideia de números, dados e prestação de contas. Cada escola recebe uma letra como pontuação (A-F), e as escolas que recebem um D ou F mais de uma vez são colocadas em vias de ser fechadas. As letras em si são baseadas principalmente em pontuações de testes do estado que não são confiáveis. Só em junho passado, o Departamento de Educação do Estado reconheceu que seus testes eram muito fáceis, e deflacionou as pontuações em todo o estado, anulando quase todos os supostos ganhos históricos da cidade de Nova Iorque. Mesmo que seja óbvio que as pontuações do estado não têm validade científica, elas determinam quais as escolas que irão viver e quais as que irão morrer.
Continue lendo em:
http://blogs.edweek.org/edweek/Bridging-Differences/2011/02/closing_public_schools_a_truly.html