Recentemente publiquei uma postagem dando conta de que a medicalização tem sido recorrente nos Estados Unidos como parte da pressão sobre as escolas para melhorar o desempenho dos estudantes.
Hoje minha amiga Cecília Collares, de há muito uma lutadora contra a medicalização das crianças, me trouxe dados mais objetivos sobre o crescimento da medicalização aqui entre nós.
A Ritalina (Metilfenidato) indicado para combater a “hiperatividade” e que prejudica o crescimento das crianças teve 3.880 indicações em 2005, e em 2011 passou para 83.400 indicações, só na cidade de Campinas (SP).
No Brasil, o número de caixas vendidas deste princípio ativo saltou de 71.000 em 2000 para 2.000.000 em 2010 (www.idum.org.br).
Na rede pública de São Paulo as indicações deste medicamento saltaram de 45.320 em 2005 para 702.942 em 2010 e para 2011 estima-se que tenha chegado a mais de 1.000.000 .
Quanto mais pressão colocarmos nas redes públicas, mais corremos o risco de que nossas crianças, com a desculpa de que não são concentradas no estudo, sejam medicalizadas.
É um tanto quanto suspeito esse crescimento exponencial de crianças hiperativas… Um transtorno que mal foi diagnosticado pelos psiquiatras, que não tem sintomas concretos e é novo nesses anos, já sendo aplicado a muitas crianças que por coincidência, estão na idade escolar: época em que você tem que ficar parado por muitas horas. Suspeito, muito suspeito.
TAMBÉM ACHO MUITO SUSPEITO ESSE CRESCIMENTO EXAGERADO… QUEM GANHA COM ISSO? SERA QUE REALMENTE ESSAS CRIANÇAS PRECISAM DE TANTO MEDICAMENTO ASSIM? A CATEGORIA RECEITA AMARELA É UMA DAS MAIS FORTES QUE TEM E ISSO SENDO USADO EM CRIANÇAS…