Bloomberg, o magnata das comunicações e prefeito da Cidade de Nova York governou 12 anos a cidade com mão de ferro na área educacional, controlando o Conselho de Educação da Cidade, experimentando todas as formas de accountability – em especial o pagamento por mérito, sistemas de auditagem de escolas e professores, bônus, etc. Fechou nada menos do que 140 escolas por considerá-las de baixo rendimento transferindo boa parte delas para a gestão privada.
A Cidade está em eleição agora. As pesquisas do New York Times mostraram que apenas um em cada quatro nova-iorquinos aprova as políticas de educação de Bloomberg . A pesquisa Quinnipiac mostrou aprovação de apenas 22% para suas políticas educacionais. Ooops, foi mal…
O candidato De Blasio que enfrentará o candidato de Bloomberg – Lhota – defende mudanças na política educacional da cidade como mostra seu programa. Neste momento, ele lidera a disputa. Com dois terços das escolas charters usando prédios públicos sem pagar aluguel, De Blasio também pretende começar a cobrar, como ocorre em outros lugares. As charters já estão organizando passeatas para protestar contra o aluguel.
A continuar esta tendência a educação será um dos pontos que vai contribuir para a queda da hegemonia bloombergiana em Nova York. Um revés e tanto para as políticas dos reformadores empresariais da educação que passaram, no Brasil, copiando e endeusando as políticas de Nova York que agora serão possivelmente recusadas pela sua população.
Estando as eleições próximas (5 de novembro) De Blasio tem 67% e Lhota 23%.
Está dado o recado para os políticos de cá…
Nota: Governo Cabral quer punir profissionais com medidas que nem a ditadura militar ousou aplicar
O Sepe vem a público expressar o mais completo repúdio às últimas medidas implementadas pela Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC) para acabar com a greve dos profissionais da rede estadual. Profissionais que fazem a paralisação têm procurado o sindicato para denunciar que o governo do Estado está abrindo inquéritos administrativos contra os grevistas, com a justificativa de abandono de emprego. Ou seja, o governador está querendo acabar com a greve, utilizando práticas que nem a ditadura militar ousou aplicar contra a categoria nas históricas greves do final da década de 70 e na década de 80.
Em 1988, a greve na rede estadual teve duração de três meses e mesmo com a repressão policial contra os profissionais que realizavam uma passeata em Laranjeiras, que provocou ferimentos em dezenas de educadores, o governador da época, Moreira Franco, não teve coragem de demitir grevistas.
Agora, em 2013, Cabral repete as práticas repressivas dos governos militares e de Moreira Franco, mandando a polícia reprimir com bombas de efeito moral, choques e gás de pimenta os professores e funcionários das escolas estaduais. Mas está indo mais além, ameaçando com inquérito administrativo em massa os educadores que apenas lutam por seus direitos e por uma educação estadual, pública e de qualidade.