A diretriz número 34 da parte da educação do programa de Aécio propõe prêmio de produtividade para escolas que estejam alinhadas com ações pedagógicas que atinjam metas estabelecidas. Diz:
“Criação de um programa nacional de assistência técnica aos estados e municípios, de forma a incentivar o uso dos resultados das avaliações externas na melhoria da sala de aula e no avanço do desempenho dos alunos, a partir de estratégias que articulem metas por escola, ações de natureza pedagógica e prêmio de produtividade pelas metas alcançadas.”
Trata-se de um atrelamento da assistência técnica dada a estados e municípios condicionada a alinhamento metodológico e obtenção de resultados. A visão do programa olha para a escola como uma estrutura produtiva padronizável e que pode ser controlada por metas associadas a prêmios.
A filosofia é semelhante à adotada nos Estados Unidos primeiro por Bush com o No Child Left Behind e agora com Obama com o Race to the Top, onde o acesso a recursos federais depende de que se adote a política educacional da federação. Nenhum destes programas melhorou a educação americana. Seu maior resultado foi a destruição da educação pública e sua privatização.
É uma proposta que interfere com a autonomia dos estados e municípios para desenvolver suas próprias formas de organizar e conduzir seu sistema educacional, pois são obrigados a articular metas, ações pedagógicas e resultados para poder acessar recursos.
Esse é o maior programa já pensado no Brasil para induzir com recursos federais a utilização de pagamento de bônus nas escolas dos estados e municípios, disseminando a ideia de que os problemas educacionais são um problema de “força de vontade do professor”.